rascunhando

7. Attack the Block

2011

Longa britânico dirigido por Joe Cornish que impressiona em muitos aspectos. Bem escrito, dirigido e atuado, o longa chama atenção por seu equilíbrio entre os momentos de ação e humor. A narrativa é bem desenvolvida e coerente, nos deixando sem fôlego a cada novo acontecimento em tela.  

Estrelado por John Boyega, bem antes de ser mundialmente conhecido por sua atuação em Star Wars: The Force Awakens. Seu ótimo desempenho deixa claro os motivos que o fizeram ser escolhido para um dos papéis principais do sétimo filme da franquia criada por George Lucas. Boyega dá vida e personalidade ao jovem Moses, líder de um grupo de adolescentes transgressores que se vêem forçados a fugir e lutar contra criaturas alienígenas em um dos guetos de Londres.

As críticas sociais são fortes e nos fazem refletir sobre aspectos que vão muito além da ficção. Como a questão étnica e social muito presente nas áreas mais pobres e afastadas da cidade de Londres e em todo o Reino Unido. A originalidade e coragem em abordar esse tipo de questão em um longa desse gênero é admirável e realmente louvável.      

6. Predador

1987

Estrelado por Arnold Schwarzenegger (sim, olhei no Google), o longa “Predador”, dirigido pelo na época marinheiro de primeira viagem John McTiernan combina perfeitamente elementos de ação e horror. O enredo é simples, mas funcional, e a fotografia colabora bem, dando vida ao ambiente e ajudando a criar a tensão que permeia ao longo de toda a película.

A grande diferença deste para outros filmes do gênero é a premissa. Como o ser humano se comportaria se fosse transferido de caçador para caça? O desespero em ser perseguido por um alvo fisicamente mais forte e tecnologicamente mais avançado é bem retratado nas atuações consistentes de todo o elenco.

O impacto do longa na cultura pop foi relativamente grande, gerando posteriormente duas continuações e uma série de spin offs questionáveis (Alien VS Predador e família). Além de avançar em outras frontes, como os vídeo games e HQs. Sendo bem avaliado por público e crítica (78% Rotten Tomatoes e 78/100 IMDB) e se tornando uma referência em relação à temática alienígena no cinema, Predador merece uma vaguinha aqui.    

5. Super 8

2010

Muito foi falado sobre Super 8 durante sua produção, no princípio que seria uma espécie de prequel ou ao menos teria alguma relação com Cloverfield, já que abordava a mesma temática Sci-fi e era produzido pelo mesmo J.J Abrams, mas ao passo que novas informações foram pipocando essas especulações desapareceram, dando lugar a uma obra singular de entretenimento.

Super 8 é o tipo de filme que você se apaixona, resgatando uma premissa que estava perdida em algum lugar das décadas de 80 e 90. Tempos distantes em que Josh Brolin usava bandana vermelha e roupas de ginástica, isso mesmo, tempos de Goonies. As comparações são inevitáveis, ambos possuem um grupo de crianças lidando com questões sérias sob suas perspectivas. No caso de Super 8 são crianças investigando como um descarrilamento de trem poderia envolver segredos muito perigosos, enquanto alguns dramas paralelos se desenrolam. É um enredo que envolve crianças, zumbis, aliens e dramas pessoais, tem como dar errado??       

As atuações são ótimas, e os personagens carismáticos e bem construídos. O tom sombrio do longa interage bem com os momentos de drama, e a narrativa é paciente em nos apresentar  aos poucos detalhes que edificam um enredo conciso e bem elaborado. Reservando as surpresas para o meio/final do longa, podemos apreciar Super 8 com a certeza de que não nos entediaremos.

4. No Limite do Amanhã

2013

Misture Feitiço do Tempo com Tropas Estelares e você tem No Limite do Amanhã. De longe um dos filmes mais originais entre os não originais, o longa de Doug Liman consegue flutuar bem entre a ação, o thriller e o humor, trazendo uma montanha russa de emoções a quem assiste.

Ambientado em uma Europa assolado pela Guerra entre humanos e alienígenas, acompanhamos a história do Major William Caje, interpretado por Tom Cruise, que após ser enviado para morrer em um campo de batalha, descobre que está preso em uma espécie de ciclo de vida e morte. Esse tipo de premissa é extremamente perigoso, pois há mais chances de tornar o longa arrastado e repetitivo, mas não é isso que acontece, felizmente. A narrativa se desenvolve de forma pontual a evitar essa sensação e nos apresenta novos fatos e perspectivas a cada novo começo.

Tem de tudo, Emily Blunt Bad Ass, Tom Cruise de jaqueta de couro, óculos escuros e pilotando uma moto( só pra variar), lutas extremamente bem coreografadas e muita, muita tensão. No limite do Amanhã é definitivamente uma jóia em tempos de longas de ação cada vez mais  vazios e previsíveis.