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Phil Anselmo e o Racismo Reincidente

Você deixaria de ouvir uma banda por conta de atitudes desprezíveis ou controvérsias dos seus integrantes?

Os fãs de Pantera e Down estão novamente passando por um pesado dilema após a deprimente atitude tomada pelo vocalista Phil Anselmo no Dimebash 2016, onde o músico emitiu uma saudação racista no palco do evento. (O mesmo pediu desculpas e se defendeu dizendo que aquilo não passava de uma brincadeira e uma piada interna sobre vinho branco).

A questão em pauta é sobre a separação da obra feita com a vida pessoal do autor.

 

Fãs religiosos de Beatles teriam deixado o “yeah! Yeah! Yeah!” pra trás quando os garotos de Liverpool se classificaram como mais famosos que Jesus? Ou algum fã do Motörhead largou a banda pelo fato do falecido Lemmy colecionar artigos nazistas. Claro que são assuntos distintos, mas será que “Cowboys From Hell” merece ser descartada da sua playlist por conta dos erros do seu locutor?

 

Boicotar uma banda, em atividade ou não, por conta da vida pessoal dos integrantes não é de fato a solução do problema, mas é uma forma legítima de protesto. O Dead Fish presenciou e propiciou o inverso ao se pronunciar pedindo para que os fãs que seguem a direita política não frequentassem seus shows, porém nesse caso os shows da banda possuem alto teor político, logo as coisas estão bem amarradas.

 

No caso do Pantera, os ideais não são vendidos explicitamente nas músicas e grande parte dos fãs demonstrou aversão ao fato, apesar de ainda existir uma parcela apoiando a atitude. Anselmo é reincidente quando o assunto é racismo, mas dessa vez o posicionamento, tanto da mídia quanto dos fãs, vem tomando maiores proporções, o que nos mostra uma evolução no assunto.

 

É de fato mais fácil anular uma banda de menor expressão como a Down do que boicotar o legado de algo do tamanho do Pantera. O dilema mais uma vez esbarra nas preferências pessoais. Muitas pessoas preferem não abrir mão da obra alegando que “as ofensas não os atingiu diretamente”. Omissão de opinião acusadora pode ser interpretado como o “concordo, mas prefiro não comentar”. Porém há quem separe a obra do autor. Um ponto importante a se ressaltar é que Phil Anselmo não falou em nome do rock ou do Pantera. Anselmo falou em nome de Phil Anselmo, o seu erro é particular. Apesar de ser hoje a grande referência viva do passado da banda, o Pantera sempre foi muito bem dividido e representado em todos os seus pilares.

Não podemos julgar nenhum dos lados, tanto os que descartam a obra diante de um passo para trás do autor, quanto dos que separam as coisas, mesmo sendo contra a atitude. A forma como os fãs se posicionam diante do assunto resume e evidencia bem não só o lado do cantor, mas também da sociedade.

 

Aproveitem o momento para exorcizar de vez tais pensamentos deprimentes do ser humano e que a vozes não se calem em defesa de um mundo mais justo e agregador.

Aliás... ouçam Pantera! #RIPDIMEBAG


 

Por Vitor Varela

23 anos - estudante de administração, mas não por acidente; Raulseixista, fanático por Black Sabbath, dono do meu próprio nariz. Movido por desejos e de humor profano.

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