rascunhando

Falar sobre o meu amor por Friends é fácil. Para começar, foi a primeira série de TV que acompanhei de verdade. Tinha quinze anos quando a professora de inglês passou um episódio na aula (“Aquele do futebol americano”) e foi amor à primeira vista. Na mesma semana comprei o DVD da primeira temporada e não parei mais.

Sei tudo que acontece em todos os episódios e consigo reproduzir a maior parte das falas de todas as temporadas. Tenho um carinho especial por Friends por diversos motivos, como ter desenvolvido muito o inglês graças ao seriado e por ter aberto as portas para o meu vício por séries.

 

O curioso é a quantidade de pessoas que ainda assiste e fala sobre Friends. Vivemos em uma época em que existe Netflix e torrent, com uma imensidão de séries sendo lançadas todos os dias. Mas quantas serão lembradas daqui a dez ou vinte anos?

 

Friends foi ao ar pela primeira vez em 1994, quando não existia Facebook, Twitter, muito menos Netflix e ainda assim conquistou fãs ao redor do mundo. Mais do que isso, continua fazendo sucesso mesmo tendo terminado há quase doze anos.

O roteiro, convenhamos, é extremamente simples. Não há grandes dilemas e tensões como em How To Get Away With Murder e Orphan Black, por exemplo, mas é essa simplicidade que cativa.

 

É o jeito desengonçado de Ross, a bondade de Phoebe, as paranoias de Monica, a força e a fragilidade de Rachel, as piadas estilo “pavê” de Chandler e a bondade de Joey. É poder olhar para a tela e se identificar com (quase) todos os personagens. É ver um grupo de amigos que enfrentam os problemas da vida e permanecem juntos até o fim. É poder acreditar que isso é real.

Friends é como um filhotinho de cachorro que encontramos no quintal e deixamos entrar em casa por um dia, mas que nos conquista e acaba ficando por anos. É como um disco de Pink Floyd achado no fundo da gaveta: um amor que não envelhece e uma terapia que sempre